segunda-feira, 31 de maio de 2010

Filosofia de vida, segundo Charlie Brown

Da falta de ideia...


Sento-me em frente da tela deste blog pensando em algo para escrever. Mas nada me vem.
Exatamente agora, estou aproveitando um intervalo entre a correria de fechamento de edição e de pontas soltas para acertar em relação à conferência de imprensa da ExpoPrint 2010, maior feira gráfica da América Latina.
Me pergunto se, da falta de ideia, pode nascer alguma coisa além de uma página em branco. Ou, ainda, se uma página em branco tem um significado - como o silêncio que, de algum modo, diz muito em várias ocasiões.
Às vezes, não escrever, padecer pela falta de ideias, significa o momento de parar e repensar várias coisas. Prometo que vou me dedicar a repensar a vida assim que meu trabalho permitir. E, desde já, agradeço por poder mergulhar no trabalho e fazer dele uma ferramenta para me sentir útil.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Surpresa!!!

Opa!!! Rodando a internet, caí no site do informativo do Centrinho (quem é de Bauru sabe). Lá encontrei uma matéria sobre meu primeiro livro publicado, O Natal sem Mamãe.
http://www.centrinho.usp.br/emfoco/file/foco_46/cultura_leitura_46.html

Mito da maturidade


O que é o que chamamos de maturidade se não o endurecimento de nosso espírito diante das dores da vida e das mágoas dirigidas a nós?
Se não, vejamos: se com a idade ficamos mais "sábios", com ela também deveríamos nos tornar mais semelhantes às crianças. Alguém já se perguntou por que ocorre o contrário?
Nascemos puros - puro instinto, é verdade -, berramos pelo que queremos, brigamos quando somos contrariados... Com o tempo, vamos deixando tudo isso de lado e trocamos a espontaneidade pelas máscaras do dia a dia. A de bom profissional, bom aluno, bom filho, pai atencioso e de mãe / esposa serviçal. E também aprendemos a magoar - sim, porque se somos magoados, temos que revidar. Isso é sinal de força!, nos dizem. E acreditamos.
E o que fazemos com a criança que tínhamos dentro de nós? Se um dia ela existiu, continua ali. Contudo, a vida bate, machuca. E a criança aprende calar-se, a se importar menos com as coisas dos outros e mais consigo, a enxergar amizades como moeda de troca e conquistas como combustível para o ego.
E, a isso tudo, à transformação da criança pura no adulto amargurado, é que chamamos de maturidade. Pobre de todos nós.

Metáfora do coração seco


Possivelmente nosso coração seja como as plantas. Quando cuidado, brota belo e vistoso. Quem nos nota, enxerga algo de valor graças a um coração que recebeu a dádiva o apreço, mais ou menos como se contempla um jardim florido.
Contudo, quando seco, abandonado, o coração torna-se pedra de sabor amargo, um poço de desilusão que assusta a quem pensa em se aproximar.
Mas, o que ninguém diz é que, mesmo num coração bem cuidado (e utilizando a metáfora da rosa) há espinhos, como num belo ramalhete vermelho que nos surpreende com uma picada no dedo.
Assim somos nós, infelizes humanos. Seres que, quando regados, podem atingir o céu como pássaros e, ainda assim, machucar com a agrura de nossos espinhos.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Dores


Dores doídas,
Dores, dissabores,
Dores de alegria,
Dores do parto para uma nova vida,
Ou partida para o nunca mais
Partida para a morte
Partida de um adeus breve ou eterno
Baile de dores, pulando de par em par,
Na valsa daqueles que, dançando com a dor,
Querem livrar-se dela,
Para inevitavelmente reencontrá-la.

Dores e dissabores,
As dores das decisões doloridas,
Difíceis
As dores das alegrias,
Breves.
Entre as dores, fico com a que dói.
Porque a que não sentimos mata o espírito,
Enquanto que a que corta a carne, cicatriza.

Brincadeira: passado e futuro


Parado diante da lua triste numa noite fria,
Tento contemplar o tempo que resta de minha vida,
O raciocínio lúdico do tempo que passou,
E daquilo que ainda está por vir.
Estranho mistério,
Pois nunca sabemos, nem saberemos,
De que lado da linha estamos:
no tempo que nos resta, ou naquilo por que passamos.
Sim, porque a vida, porque viver,
É sonhar com os pés no passado ou no futuro.
O presente, literalmente presente do que plantamos ou do que pretendemos colher,
Não existe de fato.
Pensamos (passado)
Colhemos (passado)
Queremos (passo e futuro)
Perdidos entre o passado e futuro da vida estamos nós;
Seres que caminham da interseção e limiar de uma existência efêmera.

Nasceu!!! Revista Saber, nº 02


Ufa!!! Nasceu!
O nº 02 da Revista Saber já está online!!!
Confiram e vejam o belo trabalho que os futuros jornalistas da FPM fizeram em http://issuu.com/paulostucchi/docs/revista_saber
E também conferiam a edição anterior em http://issuu.com/paulostucchi/docs/revista_saber

terça-feira, 25 de maio de 2010

Visão de mundo, segundo Charlie Brown

Revista Saber - Edição 2


Sou professor coruja mesmo. Assinado e confesso. E é com orgulho que anuncio que o número 2 a Revista Saber, revista-laboratório dos alunos de Jornalismo da FPM, está saindo do forno nesta 6a. feira. Do forno para a internet. Quem quiser acompanhar a produção maravilhosa desses jornalistas, acesse www.fpm.edu.br.

Antes tarde do que mais tarde...


Sei que já passou um pouco da data. Aliás, muito! Mas esta foto merece ser guardada com carinho. Refere-se à visita dos alunos de Jornalismo da FPM à Carta Capital, em São Paulo. Eu e o professor Adauto Molck acompanhamos. Show de bola!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Mais do Minduim

Partilha


"Vozes retumbantes que soam agora em meu íntimo
Vozes antagônicas, de sofrido doer,
Que me fazem perguntar qual parte de mim quer as coisas como estão,
Qual quer a mudança radical,
Um giro em 360 graus,
Para uma vida nova,
Um novo eu,
Um novo tudo,
Mas, ainda assim,
Dividido pela eterna partilha,
Que é a arte de viver."

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Frase


"Como manter a alegria pelas conquistas se nem ao menos sei quem sou? Se conquista pressupõe mérito, então, a quem se destina esse mérito, se quando olho-me no espelho vejo uma grande interrogação? Possivelmente, seja esse o mistério que torna a vida bela: aprendermos a ser benevolentes o suficiente para darmos o devido mérito a alguém que desconhecemos: nós mesmos."

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Músicas preferidas 02

Quando o céu incendeia e acende uma estrela no co..ra..ção
Quando a lua passeia e a vida acontece numa canção
É lá
Que imagino te ver, que eu começo a sonhar
Que eu me lembro demais
Que eu me vejo beijando você
Mesmo de brincadeira eu sigo o que fala o coração
Faço à minha maneira da vida nascer uma canção
É lá
Que vontade de te ver de querer te abraçar
De correr pela areia, eu preciso te achar
Que vontade de te ver de querer te abraçar
De correr pela areia
Que vontade de amar você
14 Bis - Mesmo de brincadeira

Mais Dia do Desafio na FPM




"Se me tirarem o amor, viverei da esperança de amar;
Se me tirarem os sonhos, serei feliz no descanso dos pesadelos;
Se me tirarem o ideal, buscarei força nas novas coisas;
Se me tirarem a criatividade, aprenderei a apreciar a arte dos outros;
Se me tirarem a pena, escreverei com sangue;
Se me tirarem a vida, parto com a certeza de que fiz meu melhor"

Dia do Desafio


Obrigado. Disse e direi isso quantas vezes forem necessárias! Obrigado aos alunos e professores queridos da FPM pela realização desse primeiro sonho. Primeiro de muitos. O Dia do Desafio com os alunos de Jornalismo finalmente saiu. E foi um sucesso!
Obrigado ao professor e doutor Celso Falaschi pela disponibilidade de conversar com os alunos, ao Rodrigo pela força imensa, e, principalmente, e sobretudo, a cada um dos futuros jornalistas que se empenhou em produzir, em tempo recorde, a cobertura do evento.
Ontem, dormi com a sensação de missão cumprida.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Charlie

Alive a life


Enveloped in a warm morning
Start to run
The passion throbbing in my heart
No matter what the danger
No matter what I will become
My dreams will dance
This is the source of everything on this planet
Only reflected in a mirror
Return to your dreams
While they were not destroyed yet
I want to be right and believe
That the passion for life flows through me.

Frase


"Quero deixar vivas as marcas de minha existência. Existência efêmera mas que anseia por cravar marcas eternas. Letras, frases, textos. Tudo um pouco de mim, que se dilui em traços sobre o papel. Assim, meus escritos são eu e, eu, a memória que estes guardarão de mim."

Sombra interior


Recentemente, mas muito recentemente mesmo, deparei-me com uma encruzilhada. Aqueles momentos da vida da gente que exigem decisões doídas, a escolha de um caminho; direita ou esquerda sendo que, ambos, causariam dor.
Então lembrei-me de um diálogo entre monges budistas que me pareceu adequado ao momento.
Na verdade, o diálogo gira em torno de um homem conversando com sua sombra. Mas a sombra interna. A pergunta era básica: a sombra questionava por que o homem a temia?
A figura (sombra) era monstruosa, tinha presas e garras. Na verdade, representava todos os temores e fantasmas que jogamos debaixo da cama durante nossa vida.
Uma sequência de questionamentos se seguiu:
- Por que você me teme?
- Por que tenho esta forma?
- Por que tenho presas?
- Por que você não consegue me vencer?
E a resposta era sempre a mesma: Porque você representa o pior que existe em mim.

Então, veio a última pergunta:
- Você se ama?
Claro que me amo. De alguma forma, mesmo que por instinto, todo ser vivo se ama, foia resposta do homem.

Por fim, a "sombra" concluiu;
- Então, se você se ama, também tem que me amar. Porque sou parte incondicional de você.

O homem, então, abraçou sua sombra e fez as pazes com ela.
Não conseguimos fugir de nossos medos ou fantasmas. Mas podemos escolher se eles serão eternamente motivo de sofrimento ou se os aceitaremos como parte de nossa vida, aprendendo a amá-los e mantendo assim uma convivência pacífica e menos sofredora.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Frase


"Vence quem passa por essa vida rindo. E se o preço que se paga por ser um pouco feliz é ser um pouco idiota, dane-se."

Os erros da expectativa


Expectativa. Taí algo que todos nós cultivamos, em menor ou maior escala.
Certa vez, li (ou ouvi, agora não sei ao certo) algo dito pelo Dalai Lama que afirmava ser a expectativa a principal causa de infelicidade do homem.
Ele justifica: sempre que jogamos algum tipo de expectativa sobre algo ou alguém, nos frustramos. Porque o que é de "alguém" pertence a esse alguém, e não temos controle sobre isso.
Exemplo: queremos ou sonhamos que nosso melhor amigo esteja sempre ao nosso lado. Que nos apoie nos momentos difíceis. Eis que, justamente quando precisamos, ele não está lá! Culpa dele? Ou nossa, que pintamos a expectativa de amigo de acordo com o que esperamos?
Querer que os outros se adaptem às formas que criamos é um erro enorme. E a culpa é nossa, não da pessoa em questão.
Já pensaram nisso?

Músicas preferidas 01



Pela marca que nos deixa
A ausência de som que emana das estrelas
Pela falta que nos faz
A nossa própria luz a nos orientar
Doido corpo que se move
É a solidão nos bares que a gente frequenta
Pela mágica do dia
Que independeria da gente pensar
Não me fale do seu medo
Eu conheço inteira sua fantasia
E é como se fosse pouca
E a tua alegria não fosse bastar
Quando eu não estiver por perto
Canta aquela música que a gente ria
É tudo que eu cantaria
E quando eu for embora, você cantará
Oswaldo Montenegro

segunda-feira, 17 de maio de 2010

GARO: cavaleiro dourado que virou vício


Olha, tenho que admitir. De vez em quando tenho uma recaída das brabas e volto a ser criança. Recentemente fui ao Bairro da Liberdade e tive que segurar a carteira para não gastar com miniaturas de séries que adorava quando criança. Ultraman, Ultraseven, Akira... me perdoem por não levá-los para a casa. Rs.
Mas como a carne é fraca e o ohtaku que dorme em mim abriu um dos olhos, não resisti quando achei uma bagatela pela série completa de GARO.
Pouco conhecida no Brasil, GARO é uma série adulta, violenta, com cenas de nudez e algumas outras de realmente assustar. Passou no Japão em 2005 e teve 24 episódios. Detalhe: era transmitida às 23h.
Em linhas gerais, trata da história de Kouga Saejima, que herdou o título de GARO - O Cavaleiro Dourado (um lobo dourado) de seu pai Taiga, morto pelo ex-amigo Barago. Kouga vivia sua vidinha matando Horrors (criaturas do inferno que representam os pecados capitais do homem) quando conhece Kaoru, uma mulher tagarela que, por acidente, é banhada com sangue dos demônios. A partir daí, Kouga / GARO, acompanhado do anel falante Zaruba, tem que protegê-la. Muito legal. Estou viciado. Passei o domingão assistindo. E recomendo.

Vantagens de um cachorro


Por que as pessoas se chocam diante da sinceridade?!
Olha, não sou daqueles que tratam animais como gente - mesmo porque, para meu tico e teco, animais e seres humanos ocupam "casinhas" diferentes e estão em patamares distintos na escala evolutiva, com uma enorme desvantagem aos humanos. Então, não ousaria comparar humanos e animais irracionais (mas pensantes).
Mas não posso deixar de concordar que existem algumas espécies que merecem nossos aplausos. Uma delas é o cachorro. Se duvida, explicarei meu ponto de vista com uma lista:
- Desde o primeiro contato, quando vamos procurá-los em canis ou ninhadas, são eles que nos escolhem (e não o contrário, como muitos pensam). Observe e constate: não foi seu filhotinho que correu para seu pé ou lambeu o vidro do petshop quando você se aproximou? Ponto pra eles;
- Não guardam mágoas, ao contrário dos humanos, que inventam mágoas para guardar;
- Acordam você de manhã sempre com a mesma cara e hálito (sejamos sinceros: nenhum humano é o mesmo quando acorda!!!);
- São fonte inesgotável de amor incondicional, mesmo quando você passa o dia fora e esquece de abastecer o comedouro de ração ou água;
- Não exigem que se lembrem do seu aniversário;
- Dão presente todos os dias (lambidas e patadas de carinho);
- São a cura para qualquer depressão. Se você enfrentou um divórcio, arrume um cachorro. Nunca mais irá querer marido ou esposa;
- Por fim, e o mais importante: simplesmente, são o que são, coisa que nós humanos racionais passamos a vida tentando ser, e falhamos.

Encerro deixando aqui minha homenagem ao Freddy, meu pastor belga com quem divido minha casa. Muitas lambidas para você, amigão!

Charlie Brown


Gostaria que vocês conhecessem meu alterego: Charlie Brown. Ou o famoso Minduim, como foi utilizado na tradução das tirinhas no Brasil. Acreditem ou não, eu assistia aos episódios do Snoopy quando criança somente para ver mais de mim mesmo na figura do bom e velho Charlie. Colocarei várias homenagens a ele neste blog. Vale a pena rir com este garoto azarado, maníaco depressivo mas muito boa gente!

Noite caipira


Aproveito o espaço para deixar os parabéns a Durce Sanches, que lançou um extraornidário livro sobre Almeida Junior, pintor ituano que morreu jovem, mas marcou história (pintando o cotidiano caipira e, também pintando o sete, visto sua fama).
Parabéns Durce! Lançamento com direito a performance de viola e causos. Arraiá!!!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Educação no Japão


Certo dia tive uma conversa com uma amiga sobre educação de crianças. Ela, ainda idealista e perfeccionista (mal de todos que amam as letras) lamentava a falta de incentivo para estudantes de Escolas Públicas no Brasil.E, pior, para o ensino fundamental, que lida justamente com crianças.
Tentei animá-la argumentando sobre as vantagens de se trabalhar com crianças na idade tenra. A possibilidade de alfabetizá-las, de fazer com que adquiram o gosto pela leitura, pelo universo literário, pelo bom raciocínio.
Meu grande erro foi citar o exemplo do Japão. Lá, oposto daqui, excetuando os professores universitários, são as professoras das primeiras séries as melhor pagas dentro da cadeia do ensino público. Talvez seja por isso que o nível escolar do japonês é de dar inveja a qualquer norte-americano.
Dito isso, coloquei-me a refletir, sozinho na sala que ocupo pela coordenação do curso de Jornalismo da Faculdade Prudente de Moraes. Então, contatei que há um abismo enorme entre Brasil e Japão no que tange à educação. E que, por mais que façamos, ainda estaremos anos luz de nossos amiguinhos nipônicos.
É, Lu, não desista de seus sonhos. Mas não se esqueça que sonhar envolve também conhecer um pouco da realidade, mesmo que ela seja triste.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Aniversário


Poucas coisas me irritam tanto como o dia do meu aniversário.
Desde que me dou por gente, 12 de maio é um dia repleto de angústias - isto, sem falar na véspera, 11, dia em que desejava desaparecer.
Até hoje a terapia freudiana não me deu respostas para meu horror ao dia 12 de maio, data que me fez cair na Terra como taurino típico.
Tentei listar alguns motivos, não sei se rolam:

1. Era no dia 12 que minha família se reunia em casa e meus queridos brinquedos, que faziam companhia a este filho único aqui, eram revirados;
2. Também era nesse dia que minha mãe, contra minha vontade e insistência, convidava amigos da escola e professores para irem em casa;
3. Como numa afronta à minha timidez, também era no dia 12 que, uma vez minha casa repleta de amigos e professores, meu álbum de fotografia era aberto a Deus e o mundo;
4. Nesse álbum, cultivado com carinho e dedicação por minha mãe desde meu primeiro dia de vida, estão alguns exemplos vergonhosos de meus "piores momentos", como uma foto minha nu na banheira de plástico, outra vestido de médico, outra engatinhando com uma fralda que parecia pesar 3x meu peso na época;
5. Depois, vinha o parabéns a você e o fatídico "Com quem será". Tirando o fato de o par escolhido para mim ser sempre a menina menos popular da classe, tornar-me o centro das atenções já era motivo suficiente para me enfiar sob a mesa e rejeitar qualquer pedaço de bolo.

Agora, revendo esses fatos, pergunto-me qual a relação com o Paulo de hoje. Não sei. Completo 33 anos mas a criança dentro de mim continua viva. E ela ainda odeia aniversários.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

O ser ou não ser o futebol


Nasci programado para ser uma série de coisas. Bom filho, estudante perfeito, moço educado de boa família, homem bem casado, pai austero, cabeça de uma prole farta de rebentos perfeitamente educados capazes de se moldar a todas as conveniências sociais.
Mas, admito, falhei!!!
Casei, sim, mas me divorciei depois de 3 anos (incompletos). Não tive filhos, minha educação (formal, aquela cunhada sobre o "muito obrigado") deixa nítidas marcas de estar incompleta. E, insistindo em arrancar os cabelos de meus amados familiares, me tornei professor (além de jornalista).
Mas o que talvez tenha causado mais desgosto aos meus amados familiares foi o fato de eu ter me tornado corinthiano convicto aos 6 anos. Até então, andava perambulando trajado como um distinto palmeirense como honra a tradição italiana de parte de minha família. Mas o sangue da longínqua Itália não gritou mais alto do que a paixão pelo Corinthians e pelo time formado por Carlos, Edson, Mauro, Wladimir, Sócrates, Dunga, Eduardo Amorim, Biro Biro, Casagrande, Zenon, João Paulo, Paulo César. Depois deles, vieram outros. Muitos outros. Mas meu coração não mudou. Prosseguiu corinthiano.
Deixo essas linhas como um desabafo após mais uma trágica eliminação da Taça Libertadores. Que, como dizem, é a sina do Corinthians. QUem sabe, depois da primeira, venham outras. Como foi com o Brasileiro, vencido contra o São Paulo com gol de Tupãzinho. Depois, outros 3 se seguiram. Quem sabe...
Por hora, resta apenas chorar sobre o Flamengo derramado.