sexta-feira, 18 de junho de 2010

Adeus


José Saramago deixou este mundo. E, espero, sinceramente, que agora esteja num lugar muito, mas muito melhor - ainda tento acreditar piamente que existe algo além de nossa efêmera vida.
Mesmo que Saramago tenha me tirado horas de sono (quando fui obrigado a lê-lo) e que não esteja entre meus escritores prediletos, não posso deixar de compartilhar, como amante da leitura, a tristeza e o sentimento de que mais um ser humano especial nos deixa.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Janelas da alma

Solidão


Ela me pegou de surpresa,
Com olhar manso, terno
Toque suave, leve
Mãos pequenas e pálidas,
Traços delicados e, ao mesmo tempo,
Tão marcantes.

Roçou-me com os cabelos,
Penetrou minhas narinas com o perfume doce,
Tomou de assalto meu coração num segundo.
Levou-me ao êxtase, depois à cama.

Jurou que ficaria comigo,
Por toda a eternidade.
Enlaçou-se em mim, impregnando meus póros

"Diz-me seu nome, aquela que me rouba os sentidos?"
"Digo-te, porque a teu lado estarei para todo o sempre...
Chamo-me solidão."

Solidão.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

GARO: Savior in the dark

Ainda quem quiser conhece um pouquinho de GARO, há um clipe legal (com legenda em francês) do tema da série Sarvior in the Dark. Ele mostra cenas da série e dá uma ideia do visual sombrio da produção.
http://www.youtube.com/watch?v=DAnezJD2kv4

Outro link legal é:
http://www.youtube.com/watch?v=QBB6Yj_iilE&feature=related

GARO: Boku ga Ai wo Tsutaeteyuku

Há alguns meses atrás postei um comentário sobre a série japonesa GARO neste blog. Bom, além da série, estou curtindo também o som de encerramento da série, chamado Boku ga Ai wo Tsutaeteyuku (algo como Continuarei te amando). Muito legal. Quem quiser ouvir no youtube, acesse:
http://www.youtube.com/watch?v=-RIwH_69cxo&feature=related

Incapaz de conter suas lagrimas,
pela primeira vez, você mostra seu lado fraco
A medida que seu coração se cansa,
Você constrói muros e se tranca dentro dele

Eu estou aqui completamente só, ainda ferido,
Incapaz de perdoar a mim mesmo
por cometer aquele amargo erro
O Agora se parece uma grande bagunça,
Um lugar onde eu não posso prever
o que acontecerá amanha

Algum dia darei um fim a essa tristeza,
Eu nunca deixarei de te amar (te amar)
Então quem sabe você volte a sonhar outra vez
Apesar de ter perdido tudo
Eu continuarei te amando,
Eu continuarei te amando

Permaneça no caminho que você esta agora,
E se você cair de joelhos estarei lá pra te levantar
O que passou nunca mais volta
As lágrimas que correm no seu rosto devem,
dar lugar a um sorriso

Eu mandei um beijo através do céu cinzento
Quero te sentir, fique assim pra sempre
Vamos juntos descobrir o final desse sonho
Mesmo passando a noite em silêncio ,
eu sempre estarei ao seu lado

Algum dia darei um fim a essa tristeza,
Eu nunca deixarei de te amar (te amar)
Então quem sabe você volte a sonhar outra vez
Apesar de ter perdido tudo
Eu continuarei te amando,

Algum dia darei um fim a essa tristeza,
Eu nunca deixarei de te amar (te amar)
Então quem sabe você volte a sonhar outra vez
Apesar de ter perdido tudo
Eu continuarei te amando,
Eu continuarei te amando.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Dunga e seus 11 jogadores


Bom, finalmente passou a estreia do comandante Dunga e seus 11 anões, ops, jogadores. Apesar que, de verdade, o Brasil jogou uma bolinha minúscula, nanica. Ao final, 2x1.

Copa III


Acho que a falta de criatividade dos jogadores das seleções do Mundial de Futebol está me afetando. Desde que a Copa começou, minhas ideias para escrever neste blog voaram para a África do Sul. Meus dias têm sido divididos entre jogos sem sal da Copa e a tensão que cerca a chegada da ExpoPrint Latin America 2010.

Copa II


Num insistente exercício de paciência, continuo assistindo aos jogos da Copa. Não pude deixar de vibrar com o gol da Nova Zelândia no finalzinho contra a Eslováquia. Mesmo assim, dizer que a Copa emociona, é coisa de Galvão Bueno. Vamo que vamo...

domingo, 13 de junho de 2010

Copa


Eis-me aqui, em pleno domingo, sentado na frente do laptop tentando dar continuidade ao meu novo romance e esperando a partida entre Alemanha x Austrália.
Impressão minha, ou essa Copa está pra lá de monótona. Ver jogo entre Argélia x Eslovênia foi fogo...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Charlie Brown em início de carreira



O bom e velho Minduim tem uma longa caminhada nas tirinhas matutinas. O traço inicial dos personagens de Peanuts mudou, mas a essência do velho Charlie, não.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Lição das rochas junto à praia



Repare nas rochas que são açoitadas pelas ondas do mar.
São exemplos puros de simplicidade eterna.
Exemplos de persistência ao tempo,
Ao vai e vem,
Ao toque dos dedos de Poseidon, dono da fúria do oceano,
Que estende sua mão e lambe com ela, singelo,
As rochas que ladeiam a praia.

Rochas, estas, que nunca se movem,
Nunca reclamam,
Nunca dizem não.
Como a mulher resignada,
Que aceita o beijo de adeus de seu homem,
Que parte para nunca mais,
Ou para o braço de outra,
Para retornar arrependido,
Para um beijo mais,
Um olá seguido de promessas,
Que nunca serão cumpridas.
Palavras que não voltarão.
Sumirão com as ondas,
E retornarão como mais promessas,
Palavras vãs.

Outra rocha,
Outra vida,
O mesmo mar.
Essas são as rochas da praia, junto do mar.
Diante da agitação das marés
Elas, simplesmente, são.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Ainda sobre A fonte


Sei que um pai gosta igualmente de todos os seus filhos - e, da tríade árvore, livros, filhos, já cumpri minha obrigação com os dois primeiros - mas devo admitir que às vezes me sinto incomodado com o lançamento de A fonte. Não por nada. Todos os que leram, gostaram. Mas, pessoalmente, é o livro menos subjetivo que já escrevi. Tá, a editora classificou o tema e o título como "vendáveis". Mas, para alguém acostumado a escrever dramas, escrever uma ficção policial é um tanto estranho - mesmo que, como costumo dizer, o livro trate mais sobre Jornalismo do que qualquer outro assunto.
Posso estar sendo duro comigo mesmo... Mas sou assim, fazer o quê. Meu livro seguinte, que já está em fase de revisão, retorna ao drama. Pode ser mais um caso de realização pessoal e baixas vendas, rsrsrs.

Mais sobre a capa de A fonte



Nova imagem da capa de meu novo livro. Desta vez, completa, incluindo orelha e contracapa.

Salmão com batatas


Fazia tempo que eu não preparava um destes. Até que saiu bom. Domingão foi regado a salmão, batatas e vinho. O macarrão com molho de requeijão ao forno ficou um pouco duro (deixei muito tempo no forno, coloquei somente para esquentar e acabei esquecendo rs).

Coisas boas


Depois de um final de semana em que passei na cama sábado a tarde inteira (e a noite também) recuperando minhas noites de sono e pondo em dia minhas leituras, e que no domingo pude dividir com amigos queridos a mesa do almoço e assistir ao empate do Timão, encaro a segunda-feira com melhor disposição.
Como digo, a segunda-feira só é ruim para aqueles que, infelizmente, estão desempregados. É uma bênção poder sair de casa e ter mais um dia produtivo.
Ah, por falar nisso, sou somente eu, ou esse friozinho é convidativo para que as taxas de cafeína atinjam as alturas?

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Yuzurenai Negai, de Naomi Tamura

Esta letra é a tradução de uma música japonesa da década de 90. Foi, inclusive, usada num anime de sucesso.

Encaminhando-me para o futuro que não pára
E sustentando o desejo inquebrável.
A cor do mar se tornou vermelha
Estou em queda livre
Quero voar com o vento

Sempre superei obstáculos impossíveis,
Somente desejando determinar-me.
Mas de quem é a culpa,
se é o melhor que posso fazer?...

Encaminhando-me para o futuro que não pára
E sustentando o desejo inquebrável.
Em cores que não podem ser borradas,
De meu coração à luz.

Quanto mais tenho que chorar para o amanhã
Em solitária noite,
Desse dia em que conheci meus limites

Certamente, apaixonar-se é como um paradoxo,
mas quero recobrar minha fortaleza.

Sonhando com um futuro que não pára,
Fecho minha boca e meus olhos lacrimejam,
Mas posso ter a humildade,
De que sou e fui muito maior,

Sempre superei...
Somente negando-me a me deter.
Porém, quando estive na linha de partida,
Me assustei.

Diante de um futuro que não controlo,
Esticando meus braços, e abrindo meu coração,

Encaminhando-me para o futuro que não pára
E sustentando o desejo inquebrável.
Em cores que não podem ser borradas,
De meu coração à luz.

Noite fria


No breu gelado de uma noite escura
Procuro por respostas cujas perguntas me escapam pela boca
fluem selvagem, noite a dentro
como que querendo atingir o infinito da escuridão
que tinge os limites do firmamento.

Tento calar-me,
fazer com que as perguntas cessem,
com que a dor estanque,
com que a culpa se cale.
Tudo em vão.

Então, rezo às estrelas para que,
Na piedade de um pombo correio,
Ou de um grupo de andorinhas,
Minhas perguntas possam chegar ao céu,
E retornar em forma de resposta.

Tento encontrar algo,
Beleza na solidão,
Projetos que alimentam esperenças sobre algo abstrato,
Vozes onde somente há o nada.

Enfim, estou só.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Gesto que diz mais do que mil palavras


Esta imagem reflete bem o que penso sobre os animais, em particular os cachorros. Às vezes, tudo o que mais precisamos é de alguém que se sente ao nosso lado e contemple o horizonte da tristeza conosco.

Charlie Brown: ensinamentos sobre como se interrelacionar

Dores da consciência


Dores DA conciência, não DE consciência,
Sim, porque, apesar de a consciência doer em muitos momentos,
Ela também causa dores, às vezes, muito mais profundas do que as DE consciência.

DA ou DE; não importa.
De qualquer modo, costumo comparar a consciência a um pingo d´água sobre uma superfície plácida. O estrondo de sua queda, o efeito de se romper a membrana da serenidade, é causar redemoinhos que se estendem para o além.
Assim é nossa consciência. Quanto mais a temos, quanto mais ela nos domina, maiores se tornam as dores da angústia de sofrimento.

Triste consciência que,
Em um lago de superfície espelhada,
Causa ondas infinitas de questionamentos,
De uma vida cujo o futuro não se sabe,
De uma existência cuja finalidade é um vazio,
De sentimentos que não respondem aos porquês,
mas que criam outros "ou seja", "se não", "quem sabe", "talvez", "nunca mais".

Maldita consciência que nos guia,
e que nos dá o saber da vida e, assim,
O saber da morte, de nossa perenidade.

Infeliz consciência que nos dá mais perguntas do que respostas,
E que, às perguntas, ainda acrescenta reticências...

terça-feira, 1 de junho de 2010

Saindo...


A capa do meu novo livro, A fonte, que será lançado durante a bienal de SP no dia 14 de agosto já está aprovada. Agora, só falta a última prova para a impressão.