quinta-feira, 31 de março de 2011

Paella do Vila Paraíso - Antes tarde do que mais tarde


Antes tarde do que mais tarde. A corruptela do ditado se refere à visita que fiz ao Vila Paraíso, em Francisco Egídio, pertinho de Sousas e de Campinas.
Excelente ambiente, companhia fantástica e paella nota 10!!!


quarta-feira, 30 de março de 2011

Metáfora do lago e da vida


O que pode nesta breve vida
Quebrar a placidez da superfície cálida
O lago profundo que espelha o céu azul?

Pois, digam-me, o que é a vida
Senão uma metáfora de um lago
Do qual não se vê nem se conhece o fundo,
Fundo escuro e sombrio,
E cuja superfície apenas reflete aquilo a que dirige seu olhar,
Ou seja, o firmamento supremo?

E o que somos nós, humanos,
Senão reflexo do que nos rodeia,
E seres que escondem, com chaves,
O sombrio interior de sua alma?

terça-feira, 29 de março de 2011

Quem pode contra a morte?


Quem pode contra a morte quando ela resolve deitar seu manto negro sobre nós?
Hoje, dia 29, José Alencar morreu depois longos anos lutando contra o câncer. E coloquemos luta nisso!
Ainda hoje, soube da morte de um conhecido, o simpático Palhaço Cenourinha, ou, como outros devem conhecê-lo, Nicalo, professor de capoeira.
Certamente, alguém já passou ou, no mínimo, conhece alguém que conhece pessoas que passaram por perdas dolorosas. Mas, se para quem fica é o sofrimento da saudade o que resta, quem vai (e, sobretudo, quem parte lutando) é libertado.
Da incerteza do que há depois da morte, tiramos nosso medo de deixar este mundo. Porém, enquanto alguns se escondem, outros se expõem na luta pela vida - e não contra a morte!!!
Alencar é um deles. Há outros. Ele morreu afirmando que lutava pela vida.
Lembro-me de uma reportagem com o ator e diretor Bill Bixby (David Banner de O Incrível Hulk) morto em 1993, vítima do câncer de próstata. Nela, já abatido, Bixby afirmava que não se entregaria à morte. Queria que ela viesse buscá-lo, porque não iria até ela.
Postura admirável e corajosa, assim como a de Alencar.
Se do pós-morte temos incógnita, restano-nos, assim, rezar para que no momento em que se aproximar o fim, tenhamos coragem de encarar a morte de frente e fazer com que ela corra atrás de nós num macabro pega-pega.

A indulgência pela fama e questões morais


Deixando Rogério Ceni de lado, mas ainda focando no mundo futebolístico, aproveito para comentar a chegada de Adriano ao Corinthians, e a problemática da indulgência pela fama que assombra países de Terceiro Mundo como o Brasil - que, no caso, precisam de ídolos, e, ainda, ser ídolo significa ser impune.
Adriano é apenas um exemplo. Há tantos outros casos. Mas ilustra muito bem a benevolência da mídia de massa com nossos "ídolos". Se fôssemos eu ou você no lugar do "imperador", já estaríamos presos ou, no mínimo, teríamos esquentado do banquinho da prisão por um tempo. Alcoólatra, suspeito de estar vinculado ao tráfico, Adriano é um mísero exemplo de famosos que excedem qualquer limite moral e se beneficiam da complacência da maioria dos brasileiros. Isso, simplesmente por ser famoso.
Longe de endeusar os norte-americanos, lá, não são raros os casos de atores hollywoodianos ou mesmo atletas que pegam "cana" por dirigirem alcoolizados, arrumarem brigas etc. O ator Jeff Bridges e Mike Tyson são apenas dois exemplos.
Se somos todos cidadãos, o peso da mão da lei deveria ser igual (ou, pelo menos, mais justo) para qualquer um. E é revoltante notar que, no Brasil, o cidadão comum deve fazer das tripas coração para provar que é honesto, enquanto desonestos ou aqueles que realmente infringem a lei têm uma facilidade enorme de escapulir.
Por isso, me nego a comemorar a chegada de Adriano ao Timão. Assim como me nego a aplaudir famosos simplesmente pelo que são - isto é, alguém debaixo de holofotes de nossa famigerada mídia.

100 gols, sem comentários


Sou corinthiano, como os que acompanham este blog já devem ter percebido. Contudo, faço questão de deixar aqui os parabéns a Rogério Ceni.
E, em minhas congratulações, aproveito também para tirar qualquer tipo de máscara. Acho o Rogério um baita mala, contudo, um excelente goleiro. Claro, não está na mesma forma de anos atrás, mas certamente é um atleta dedicado, com "A" maiúsculo. Profissional acima de qualquer suspeita e sãopaulino de sangue, coisa rara no futebol de hoje, à semelhança do que acontece com Marcos no Palmeiras.
Aliás, ambos são exemplos de um tipo de jogador em extinção: aquele que veste, literalmente, a camisa do clube de coração.
Parabéns pelo 100º gol, Rogério.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Eternidade


Só a morte nos torna eternos
Porque a vida só nos faz efêmeros
Viver e se olhar no espelho diariamente,
Só me faz lembrar de uma mísera existência
De uma vida que pode acabar num sopro
Como uma vela que se esvai
Uma fagulha que sucumbe.
Na morte, do contrário, nos tornamos eternos
Eternamente lembrados,
Eternamente queridos,
Eternamente saudosos.
Enfim, imortais.

Um dia qualquer


Amanhece, e que estranha a sensação de que este será mais um dia...
Um dia como outro qualquer.
Um dia de adversidades, mas para as quais virão soluções,
Um dia de mais do mesmo,
Um dia marcado pelo despontar do sol, pelas nuvens carregadas e pela noite que certamente cairá.
Penso, às vezes, que os dias sempre serão iguais,
Bons ou ruins, dependerá do peso que damos às ínfimas coisas.
Se tudo na vida é igual, inclusive os dias, então, nos resta a escolha
De vivermos sob a óptica do positivo ou negativo.
É a única opção que nos deixa nosso livre-arbítrio.
Mudar a vida, somente a morte.
Esta sim, muda tudo.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Solteiro literário


Estou sem absolutamente nada para ler (digo, leitura de download, como brinco, aquelas para descontrair e descarregar tensão).
Pior: fiquei vários minutos olhando a preteleira da livraria e nenhuma inspiração... nenhum livro olhou para mim, deu uma piscadela, e me pediu para levá-lo para casa.
Leitura é assim; uma relação de amor. Escolhemos um livro entre tantos, botamos debaixo do braço, levamos para casa, depois para o quarto e degustamos.
Ou seja, no momento, sou um "single" literário.

Sujeira interna


Talvez um dos maiores desafios do homem moderno (o é para mim, pelo menos) é se manter equilibrado.
São tantas coisas que se acumulam e se sobrepõem diariamente sobre nós que fica difícil (ou, melhor, desaprendemos) a desligar, dar o famoso "stop", colocar as coisas nos prumos e recomeçarmos.
Assim, momentos de alegria são sufocados por preocupações infindáveis; momentos de prazer, interrompidos pelo toque do celular que anuncia um novo trabalho; horas de sono abreviadas pela pressa da responsabilidade.
Não se pode ter qualidade de vida sem que façamos uma baita faxina interna. Tudo na vida tem que começar por nós mesmos. Fácil? Nem pensar... Mas vale a pena tentar.
Pretendo colocar em prática minha faxina interna hoje, com alguns minutos de meditação.

quinta-feira, 24 de março de 2011

A menina que não sabia ler



Florence e seu meio-irmão Giles moram num local ermo, um sítio no meio do nada no norte dos EUA. Vivem com seu tio John, que pouco aparece na história, e são cercados por governantas e tutoras.
Um dia, Florence, que não sabia ler, encontra uma biblioteca abandonada no casarão. E aí começa a história. Os livros despertam a imaginação da garota de 12 anos e, junto com ela, uma série de acontecimentos mórbidos que desembocam num misto de alucinação e obsessão quando seu meio-irmão Giles vai estudar num colégio interno e Florence se vê irremediavelmente só. Depois disso, a segunda preceptora, srta. Taylor, chega à casa para substituir a srta. Whitaker, recentemente morta num acidade no lago.
A menina que não sabia ler é inferior às críticas que recebe, mas superior a vários títulos similares. O autor, John Harding, segue os passos de seu ídolo confesso (Edgar Allan Poe) e usa nos 2/3 finais da trama um suspense psicológico bem-amarrado (mas que exige atenção do leitor, porque o livro dá um salto inesperado no tempo entre o final da primeira parte, e o começo da segunda).
Enfim, excelente entretenimento para aqueles que gostam, como eu, de livros de suspense psicológico. Mas é necessário ter paciência, já que a trama não prende o leitor de início - o melhor fica para a segunda metade do livro.

A capacidade de um povo de se reinventar



Fato é fato. E que o japonês é um povo brioso, que, através do patriotismo e união supera vários desafios, é uma máxima que é observada por qualquer um que se dedique a voltar os olhos ao país do extremo oriente.
Depois da devastação das bombas nucleares em Hiroshima e Nagasaki, é a vez do povo japonês se unir novamente para construir boa parte do país. E ele conseguirá.
É incrível a capacidade do Japão de se reinventar, de superar desastres e ressurgir como um novo país. Foi assim em 1945 (é verdade que tiveram ajuda dos norte-americanos) quando, arrasados, despontaram 30 anos depois como uma das maiores potências tecnológicas, econômicas e culturais do mundo.
Agora, o país precisa se unir novamente. E eles o farão, com organização e disciplina. Logo, se reenguerão novamente.
Um pequeno arquipélago que consegue despertar no mundo o interesse pela sua cultura, pelos eletrônicos que fabrica, pelo seu idioma e estilo de vida (vejam, sem impor nada como o fazeram, anos atrás, os EUA) merece os parabéns.
E aqui deixo meus parabéns e o desejo de união e boa-sorte aos valentes japonses.
Tatakae, Nihon!!

Ainda sobre o Japão...



Ainda sobre o Japão.
Comentei na primeira postagem sobre a capacidade do povo japonês de se reerguer.
Talvez um dos motivos que torne isso possível (digo talvez por mera conveniência, porque creio nisso piamente) seja a cultura e educação do povo.
A alfabetização no Japão remonta anterior à introdução da escrita chinesa no século VI. Inicialmente restrita às classes aristocráticas, a educação atingiu a população em geral no Período Edo, em que havia escolas específicas para a classe dos samurais, mas também escolas mistas que ensinavam escrita, leitura e aritmética. Graças a esse sistema, calcula-se que em 1868, época da Restauração Meiji, 40% da população japonesa fosse alfabetizada. A divisão em escolas primárias, secundárias e universidades foi introduzida no Japão em 1871 como parte da Restauração Meiji.
Desde 1947, a educação obrigatória no Japão inclui a educação infantil e o ensino fundamental, shōgakkō, o qual dura nove anos (dos seis aos 15 anos). Quase todas as crianças continuam seus estudos em um ensino secundário, chūgakkō, de três anos e, de acordo com o Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia, cerca de 75,9% dos formandos do ensino secundário cursaram a universidade, a educação profissional, ou outros cursos pós-secundários em 2005. O ano letivo no Japão tem início em abril e pode ser dividido em dois ou três períodos. O currículo de cada série é determinado pelo Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia, bem como há avaliações periódicas do material escolar utilizado.
Um último e ilustrativo exemplo: escutei certa vez que as professoras responsáveis pela alfabetização são as melhor pagas no Japão (com exceção dos professores universitários). Elas ganham, quando se formam, um anel de diamante do governo.
Fato ou não, é sinal de inteligência de um povo que cultiva o raciocínio lógico; se não há boa formação de base (aprender ler e escrever) não se tem bons alunos (e, por fim, um povo bem-educado).
Quando o Brasil aprenderá com os japoneses e, finalmente, aboliremos os analfabetos funcionais, alunos universitários incapazes que formular uma frase?!
Pensemos nisso...

Quebrando a cabeça



Mais de um mês sem atualização e, quando olho para tudo o que deixei de publicar neste blog - fatos pessoais e do cotidiano - noto o quanto o tempo está me ficando escasso.
Mas prometo me esforçar mais para manter o Umbigo atualizado. Afinal, ele é meu umbigo, ok? Rsrsrsrs.