quinta-feira, 7 de abril de 2011

Dia dos Jornalistas: o jornalista e sua fisiologia


Hoje é dia de festa na imprensa. Ou, pelo menos, em parte dela. 7 de abril é o Dia dos Jornalistas. Jornalistas estes que são a engrenagem dessa indústria chamada mídia.
Formei-me jornalista em 1998 e confesso que nunca senti muito orgulho disso. Claro, também tive minha fase "quero mudar o mundo" (assim como tive outras, como quero ser médico, ainda aos sete anos, ou "serei desenhista de mangá" a partir dos nove). Contudo, tanto na teoria, como na prática, a função desse profissional tão controverso é o prestador de serviço à sociedade através da captação de fatos e transformação dos mesmos em conteúdo a ser digerido via TV, impresso, rádio ou internet.
E o consenso pára por aí. A partir de sua definição, um longo e polêmico caminho é trilhado. Se a função básica, mor e primordial do jornalista é informar a sociedade, deve-se questionar se nós (jornalistas) temos de fato feito isso.
Hoje, temos liberdade política de imprensa, mas nunca a tivemos no campo institucional. Empresas jornalísticas são, como o nome indica, empresas, e como tal visam lucro. E aí está o problema. Nem sempre o que deve ser informado o é; e nem sempre o que "vende" (anúncio, audiência etc.) deveria o ser.
Nesse bolo está, dividido, o jornalista, esse ser com grande ego e pouquíssimo raio de ação que mata um leão por dia para seu sustento, amarra o patrão onde o burro manda, tem como desejum uma série infindável de fatos que devem ser apurados, dourados devidamente e vendidos para viagem para rápido consumo.
E aí vamos nós, jornalistas, celebrando mais um dia. Parabéns!

Um comentário:

  1. Nos últimos tempos, tenho dedicado parte do meu precioso tempo a uma indigesta reflexão: "o que estou fazendo aqui?". Aqui, neste caso, significa no jornalismo. Confesso que também estou decepcionado com a falta de valorização geral - financeira inclusive -, o jogo rasteiro que predomina no meio e a pouca conscientização do nosso povo a respeito do papel da imprensa.

    Pensar sobre isto neste momento em que leio sua reflexão/desabafo me fez recordar das nossas conversas na faculdade, noite afora, na mesa da loja de conveniência, comendo amendoim. Bons momentos aqueles!

    Um grande abraço.

    Em tempo: que tal organizarmos um novo encontro? Ofereci desde já um final de semana em Limeira, mas topo sugestões. Vamos agilizar!

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