quarta-feira, 6 de abril de 2011

Lobo Solitário


Kozure Ookami. Para os saudosistas, o mangá Lobo Solitário é sinônimo de história de samurai no ocidente.
Publicado em praticamente toda a Europa, EUA, Brasil e América Latina, o mangá durou de 1970 a 1974 contando a história do samurai Itto Ogami, koji kaishakunin do shogun (no caso, o executor oficial de nobres japoneses que, após um ritual de seppuku / suicídio, corta da cabeça do condenado com uma espada).
Ogami cai em desgraça depois de ser traído e injustamente acusado de orar contra o shogun por Retsudo Yagyu, chefe do clã Yagyu (que realmente existiu no Japão) e líder da polícia secreta do shogunato.
Após a morte da esposa, Ogami coloca-se à frente do filho Daigorou, então com dois anos. Numa cena clássica, finca sua espada no chão e, do lado oposto, coloca uma bola. Então, pede ao bebê que escolha o caminho que deseja seguir: a espada ou a bola. Caso escolhesse a bola, Ogami o mataria, privando o filho de tudo o que estava por vir. Contudo, Daigorou escolhe a espada.
Vendo isso, Ogami percebe que a alma do filho deseja o caminho do assassino e, com o bebê nos braços, o ex-samurai foge e torna-se um ronin, samurai errante que oferece seus serviços de assassino em troca de 500 rios (moeda da época feudal no Japão).
Lobo Solitário pode apresentar fatos que chocam o ocidente mas, talvez por isso mesmo, seja tão maravilhoso.
Código samurai, visão oriental do inferno (makai), o limbo (meifumado) e de demônios (oni), morte etc. Tudo isso contado à pena e nanquim.
Quem não leu, vale a pena. Recentemente, a Panini relançou a obra no formato original, em 24 volumes, e capa caprichada.

Um comentário: