quarta-feira, 2 de junho de 2010

Dores da consciência


Dores DA conciência, não DE consciência,
Sim, porque, apesar de a consciência doer em muitos momentos,
Ela também causa dores, às vezes, muito mais profundas do que as DE consciência.

DA ou DE; não importa.
De qualquer modo, costumo comparar a consciência a um pingo d´água sobre uma superfície plácida. O estrondo de sua queda, o efeito de se romper a membrana da serenidade, é causar redemoinhos que se estendem para o além.
Assim é nossa consciência. Quanto mais a temos, quanto mais ela nos domina, maiores se tornam as dores da angústia de sofrimento.

Triste consciência que,
Em um lago de superfície espelhada,
Causa ondas infinitas de questionamentos,
De uma vida cujo o futuro não se sabe,
De uma existência cuja finalidade é um vazio,
De sentimentos que não respondem aos porquês,
mas que criam outros "ou seja", "se não", "quem sabe", "talvez", "nunca mais".

Maldita consciência que nos guia,
e que nos dá o saber da vida e, assim,
O saber da morte, de nossa perenidade.

Infeliz consciência que nos dá mais perguntas do que respostas,
E que, às perguntas, ainda acrescenta reticências...

Um comentário: