sexta-feira, 4 de junho de 2010

Noite fria


No breu gelado de uma noite escura
Procuro por respostas cujas perguntas me escapam pela boca
fluem selvagem, noite a dentro
como que querendo atingir o infinito da escuridão
que tinge os limites do firmamento.

Tento calar-me,
fazer com que as perguntas cessem,
com que a dor estanque,
com que a culpa se cale.
Tudo em vão.

Então, rezo às estrelas para que,
Na piedade de um pombo correio,
Ou de um grupo de andorinhas,
Minhas perguntas possam chegar ao céu,
E retornar em forma de resposta.

Tento encontrar algo,
Beleza na solidão,
Projetos que alimentam esperenças sobre algo abstrato,
Vozes onde somente há o nada.

Enfim, estou só.

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