quinta-feira, 24 de março de 2011

Ainda sobre o Japão...



Ainda sobre o Japão.
Comentei na primeira postagem sobre a capacidade do povo japonês de se reerguer.
Talvez um dos motivos que torne isso possível (digo talvez por mera conveniência, porque creio nisso piamente) seja a cultura e educação do povo.
A alfabetização no Japão remonta anterior à introdução da escrita chinesa no século VI. Inicialmente restrita às classes aristocráticas, a educação atingiu a população em geral no Período Edo, em que havia escolas específicas para a classe dos samurais, mas também escolas mistas que ensinavam escrita, leitura e aritmética. Graças a esse sistema, calcula-se que em 1868, época da Restauração Meiji, 40% da população japonesa fosse alfabetizada. A divisão em escolas primárias, secundárias e universidades foi introduzida no Japão em 1871 como parte da Restauração Meiji.
Desde 1947, a educação obrigatória no Japão inclui a educação infantil e o ensino fundamental, shōgakkō, o qual dura nove anos (dos seis aos 15 anos). Quase todas as crianças continuam seus estudos em um ensino secundário, chūgakkō, de três anos e, de acordo com o Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia, cerca de 75,9% dos formandos do ensino secundário cursaram a universidade, a educação profissional, ou outros cursos pós-secundários em 2005. O ano letivo no Japão tem início em abril e pode ser dividido em dois ou três períodos. O currículo de cada série é determinado pelo Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia, bem como há avaliações periódicas do material escolar utilizado.
Um último e ilustrativo exemplo: escutei certa vez que as professoras responsáveis pela alfabetização são as melhor pagas no Japão (com exceção dos professores universitários). Elas ganham, quando se formam, um anel de diamante do governo.
Fato ou não, é sinal de inteligência de um povo que cultiva o raciocínio lógico; se não há boa formação de base (aprender ler e escrever) não se tem bons alunos (e, por fim, um povo bem-educado).
Quando o Brasil aprenderá com os japoneses e, finalmente, aboliremos os analfabetos funcionais, alunos universitários incapazes que formular uma frase?!
Pensemos nisso...

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