terça-feira, 29 de março de 2011

A indulgência pela fama e questões morais


Deixando Rogério Ceni de lado, mas ainda focando no mundo futebolístico, aproveito para comentar a chegada de Adriano ao Corinthians, e a problemática da indulgência pela fama que assombra países de Terceiro Mundo como o Brasil - que, no caso, precisam de ídolos, e, ainda, ser ídolo significa ser impune.
Adriano é apenas um exemplo. Há tantos outros casos. Mas ilustra muito bem a benevolência da mídia de massa com nossos "ídolos". Se fôssemos eu ou você no lugar do "imperador", já estaríamos presos ou, no mínimo, teríamos esquentado do banquinho da prisão por um tempo. Alcoólatra, suspeito de estar vinculado ao tráfico, Adriano é um mísero exemplo de famosos que excedem qualquer limite moral e se beneficiam da complacência da maioria dos brasileiros. Isso, simplesmente por ser famoso.
Longe de endeusar os norte-americanos, lá, não são raros os casos de atores hollywoodianos ou mesmo atletas que pegam "cana" por dirigirem alcoolizados, arrumarem brigas etc. O ator Jeff Bridges e Mike Tyson são apenas dois exemplos.
Se somos todos cidadãos, o peso da mão da lei deveria ser igual (ou, pelo menos, mais justo) para qualquer um. E é revoltante notar que, no Brasil, o cidadão comum deve fazer das tripas coração para provar que é honesto, enquanto desonestos ou aqueles que realmente infringem a lei têm uma facilidade enorme de escapulir.
Por isso, me nego a comemorar a chegada de Adriano ao Timão. Assim como me nego a aplaudir famosos simplesmente pelo que são - isto é, alguém debaixo de holofotes de nossa famigerada mídia.

Um comentário:

  1. Nossa mídia paulista é quase que totalmente corintiana...Fosse ele a outro clube, muito já se teria falado...Quem não fala, aplaude!!!!!

    ResponderExcluir