quinta-feira, 24 de março de 2011

A menina que não sabia ler



Florence e seu meio-irmão Giles moram num local ermo, um sítio no meio do nada no norte dos EUA. Vivem com seu tio John, que pouco aparece na história, e são cercados por governantas e tutoras.
Um dia, Florence, que não sabia ler, encontra uma biblioteca abandonada no casarão. E aí começa a história. Os livros despertam a imaginação da garota de 12 anos e, junto com ela, uma série de acontecimentos mórbidos que desembocam num misto de alucinação e obsessão quando seu meio-irmão Giles vai estudar num colégio interno e Florence se vê irremediavelmente só. Depois disso, a segunda preceptora, srta. Taylor, chega à casa para substituir a srta. Whitaker, recentemente morta num acidade no lago.
A menina que não sabia ler é inferior às críticas que recebe, mas superior a vários títulos similares. O autor, John Harding, segue os passos de seu ídolo confesso (Edgar Allan Poe) e usa nos 2/3 finais da trama um suspense psicológico bem-amarrado (mas que exige atenção do leitor, porque o livro dá um salto inesperado no tempo entre o final da primeira parte, e o começo da segunda).
Enfim, excelente entretenimento para aqueles que gostam, como eu, de livros de suspense psicológico. Mas é necessário ter paciência, já que a trama não prende o leitor de início - o melhor fica para a segunda metade do livro.

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