segunda-feira, 10 de maio de 2010

O ser ou não ser o futebol


Nasci programado para ser uma série de coisas. Bom filho, estudante perfeito, moço educado de boa família, homem bem casado, pai austero, cabeça de uma prole farta de rebentos perfeitamente educados capazes de se moldar a todas as conveniências sociais.
Mas, admito, falhei!!!
Casei, sim, mas me divorciei depois de 3 anos (incompletos). Não tive filhos, minha educação (formal, aquela cunhada sobre o "muito obrigado") deixa nítidas marcas de estar incompleta. E, insistindo em arrancar os cabelos de meus amados familiares, me tornei professor (além de jornalista).
Mas o que talvez tenha causado mais desgosto aos meus amados familiares foi o fato de eu ter me tornado corinthiano convicto aos 6 anos. Até então, andava perambulando trajado como um distinto palmeirense como honra a tradição italiana de parte de minha família. Mas o sangue da longínqua Itália não gritou mais alto do que a paixão pelo Corinthians e pelo time formado por Carlos, Edson, Mauro, Wladimir, Sócrates, Dunga, Eduardo Amorim, Biro Biro, Casagrande, Zenon, João Paulo, Paulo César. Depois deles, vieram outros. Muitos outros. Mas meu coração não mudou. Prosseguiu corinthiano.
Deixo essas linhas como um desabafo após mais uma trágica eliminação da Taça Libertadores. Que, como dizem, é a sina do Corinthians. QUem sabe, depois da primeira, venham outras. Como foi com o Brasileiro, vencido contra o São Paulo com gol de Tupãzinho. Depois, outros 3 se seguiram. Quem sabe...
Por hora, resta apenas chorar sobre o Flamengo derramado.

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